domingo, 20 de março de 2011

Reflexos no espelhos de uma imagem nublada.



Me escondendo encontrei abrigo nas profundezas de um mar. Me vi afundando, me vi passiva com aquelas palavras. Me vi em volta de correntes sem tranques.
Algumas pessoas enlouquecem sem ar, outras sem luz. E em volta da direção, a visão ia sendo petrificada. Inerte minha mente ia se desligando. Entorno das vozes, sons de cristais perfuraram meus ouvidos e me fizeram vê. 
Cruzou-se e perfurou-se um raio de luz que fez com que aquele gelo se quebrasse.Como uma visão em paradigma ela perturbou meus membros a inclinar-me em busca de alcança-la. Era tão forte aquela luz que ao tocá-la, já havia me soltado e fazia-me buscar por ar.
A batalha pela superfície, tornou tudo aquilo tão desesperador.Que ao encontra-la meu peito inalou bruscamente o que era preciso para arrancar a mancha em papel machê que delicadamente habitava ali.
O retrato no espelho se fez tão nítido que minhas mãos molhadas ainda seguravam os raios daquela porção.
Se existisse algum superheroi ele se chamaria eu mesma. As vezes ainda paro na frente de onde tudo aconteceu.

Nenhum comentário: