quarta-feira, 30 de março de 2011

Depender.


É tão difícil depender de alguém, nem que esse alguém seja seu próprio pai. Não falo daquele depender de dinheiro, de luxo ou permissões. Eu falo sobre aquelas conversas incessantes, aquelas palavras que doem mais que um tapa na cara em meio a uma confusão. Meu coração doe e meus olhos enchem d'agua só em ouvir aquele nome, só em vê-lo vir conversar comigo sobre aquele mesmo assunto. Enquanto ele diz: Já fazem 2 anos, eu digo: Só fazem 1 ano e 10 meses. Mas não é o tempo, o grande dilema dessas duas frases e sim as primeiras palavras de cada frase. O que ele perdeu é substituível, já foi substituído. Mas o que eu perdi nunca ninguém pode ficar no lugar, e nunca ficará. Mas tudo isso parece tão fácil pra ele, ou será que sou eu a grande dramatizadora? Será que ele não vê que o mais importante pra mim, da vida, era contemplar a vista, e a única coisa que tenho feito é fugir das pessoas, é ter medo delas, ter medo de me envolver. Minha mãe sempre me indicou não confiar em homem nenhum e manter sempre uma distancia entre eles, mas eu nunca pensei em manter a mesma com o meu próprio pai. Porque eu prefiro manter essa distancia a presenciar o inevitável ou levar a culpa de não deixa-lo ser feliz. Talvés seja dificil demais pra mim, ou talvés as pessoas sejam diferentes mesmo uma das outras, umas mais fortes que as outras. Mas o que não se pode é depender de outra pessoa para se ser FELIZ.

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